quarta-feira, 28 de novembro de 2007

O lado bom

Este post foi feito especialmente para Aline, minha amiga da faculdade que insiste em dizer que eu desmotivo qualquer uma a ter um filho. Não é verdade, Aline, só estou narrando aquilo que quase todas omitem. Se você perguntar a qualquer mãe na rua se é bom ter filho, acho que 99% vão dizer que sim. Então alguma coisa muito boa deve existir. Eu sou da teoria que se filho não fosse bom, ninguém teria vontade de ter o 2º (mas nem sempre dá). A parte boa vem no dia a dia. Eu não posso dizer que amava o Henrique mais do que tudo antes dele chegar. O amor vem com o tempo, assim como nos relacionamentos. No 1º mês é estranho porque o bebê quase não interage, mas depois disso, começam os sorrisos, as brincadeiras, os chamegos. É muito bom sentir que aquela coisinha daquele tamanho já sabe que você existe, que quer você do ladinho dele. Nessa fase não existe pai tão presente a ponto de substituir a mãe. O cheiro, a voz, o toque são fundamentais para acalmar nas horas de sono, dor. Ainda estou descobrindo esse amor que todas as mães dariam a vida por ele, mas sem dúvida já existe uma pontinha dentro de mim.

domingo, 25 de novembro de 2007

O que devo fazer? (parte 1)

Esse é um post que pode ser escrito a qualquer momento. Dúvidas sempre existirão e o que fazer é que é o problema. Dentro desse 1 mês de vida do Henrique tive alguns momentos que queria ter um livrinho para me dizer exatamente eu deveria fazer. A questão é que não existe regra e para isso deve surgir o bom senso da mãe. Logo de cara vem aquela velha perguntinha de onde o bebê deve dormir. Já tinha programado para colocar ele no carrinho ao lado da nossa cama, foram 3 noites, depois ele foi parar no meio de nós dois. Muito mais fácil. Mas ai é que vem, será que pode? Achei melhor não. Perguntei a pediatra e ela me disse que até podia, mas que ele tinha que ter o cantinho dele. Nessa mesma noite foi para o berço, no quartinho ao lado, com babá eletrônica ligada e 11 dias de vida. Ele não estranhou nada, até dormiu melhor e eu bem mais tranquila. Ai veio a chupeta... Sempre dizem para não dar, mas o Henrique nasceu desesperado em colocar coisas na boca. Era de tudo, luvinhas, manga, cueiro, dedo, preferi a chupeta. Com o tempo descobri que é uma bênção as crianças que pegam chupeta, como acalma! E o banho? Henrique foi para o chuveiro com menos de 1 mês (ainda bem que a pediatra não tem acesso ao blog). Cheguei até perguntar a médica se podia, ela me disse que ainda era cedo, mas ele já tomava tinha umas 2 semanas. Continuei. Nunca mais chorou... mas em compensação não gostou muito de piscina. Vou trabalhar isso nele.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Parece com...

O maior divertimento das pessoas que encontram o Henrique é tentar descobrir com quem ele se parece. Desde a maternidade, passando pelos estranhos na rua, cada um tem a sua opinião. Uns dizem que é a minha cara (e olha que conhecem o Fábio), outros já acham mais parecido com o pai. Eu que vejo de todos os ângulos, sei que ele tem mais do Fábio do que de mim, principalmente se compararmos com as fotos nossas de criança. O sorriso, cabelo, formato de rosto é do pai. A testa, sobrancelha e cara de choro são da mãe. Fiquei com a pior parte, ? Já esperava por isso, todos me avisaram. Mas ainda temos que esperar, a cada dia ele muda e certamente o cabelo maior, os dentes e as expressões vão fazer uma grande diferença. Não vou colocar comparações minhas com o Henrique porque como já disse ele chorando é que se parece comigo e sendo assim eu me recuso colocar uma foto dele chorando e outra minha. Então daqui uns meses eu volto com esse assunto para tirar a contraprova e saber se continuo perdendo.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

1º mês

Chegar ao fim do 1º mês foi um alívio. Os primeiros medos, cuidados extras, confinamento em casa tinham acabado. Estava louca para ir a pediatra para receber o aval de poder passear, saber se o Henrique estava mamando o suficiente, crescendo direitinho. Anotei num bloquinho todas as minhas dúvidas como a própria médica tinha me orientado na primeira consulta com 11 dias de vida do Henrique e sai de lá com tudo respondido, mas com algumas restrições a cumprir. Sentia a cada instante as coisas mais fáceis, sendo liberadas pouco a pouco. O dia a dia nos faz descobrir o que é melhor para o nosso filho, a conhecer um pouquinho mais desse universo. Por tudo isso, escolher um bom pediatra é muito importante. Tem que existir uma identificação. Cada um diz uma coisa e segue uma linha diferente e por isso temos que confiar naquele que está junto de nós. A minha escolhi por acaso, queria uma perto da minha casa, que fosse homeopata e prática. Gostei logo de cara. Até completar 1 ano, iremos todos os meses saber a quantas anda o desenvolvimento do filhote e com certeza sempre será uma grande expectativa.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

A troca

Ainda no assunto do post anterior, tive uma sorte muito grande. Não tive inspiração para engravidar, mas por coincidência engravidei ao mesmo tempo que uma grande amiga. Tinhamos 1 dia de gestação de diferença e foi ótimo poder compartilhar das mesmas dúvidas e momentos. Foram as primeiras ultras, as feiras de gestantes, a lista do chá de bebê, o curso com os papais. A Ana e o Cacá participaram de tudo. O Arthur chegou 10 dias antes do Henrique e com isso sai na vantagem. Tudo que acontece com o Arthur, uma semana depois acontece com o Henrique. Cada um apresenta as suas particularidades, mas é impressionante como os bebês no geral são iguais. Também 1 dia antes do meu, chegou o Rafael, filho de uma prima do Fábio. Mais uma referência! Num momento onde tudo é novidade, nada melhor do que ter amigas passando pelas mesmas coisas que você. Então estejam certas de que ter amigas na mesma fase é a melhor época de se ter um filho.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

A hora certa

Decidir ter um filho não é nada fácil. Passei anos da minha vida adiando esses planos, sempre achava que ainda não estava na hora. Mas será que filho tem hora? É claro que quando temos uma estrutura, as coisas tendem a ficar mais fáceis, mas não quer dizer que seja a hora certa. Quando casei, tinha apenas 22 anos e deixei muito claro pra mim mesma que não queria um filho naquele momento. Queria esperar uns 2 anos, esperei 6. E mesmo assim quando soube da gravidez, achei que ainda não era a hora. Um filho pra mim era sinônimo de restrição, ou seja, não fazer mais aquilo que eu bem quisesse. Ainda não posso dizer que não seja isso, a vida muda demais, mas não penso mais assim, até porque piraria. A todo instante quero manter eu viva dentro de mim, uma tarefa árdua, muito criticada por todos, mas que espero ter o resultado no futuro. Já me perguntei algumas vezes porque decidi ser mãe e cheguei a conclusão de que me via nesse papel num futuro que eu mesma não sabia quando era. Deixei de planejar e Henrique chegou. O momento certo acho que nenhuma de nós sabe, mas certamente quando uma amiga próxima tem um bebê, a animação, o desejo aumenta. Não tive nenhuma inspiração, mas vocês todas agora têm. Quem será a próxima?

sábado, 17 de novembro de 2007

A temida noite

Quando o Henrique chegou, eu já tinha a fórmula pra fazer ele dormir a noite inteira. Bastava dar um banho e depois o peito lá por volta da meia-noite para ele dormir direto sem mamadas noturnas. Fiz do jeito que me ensinaram e não deu muito certo. Teve dia que ele dormiu depois do banho e não quis mamar, teve outro que mamou antes do banho e logo ficou com fome, assim como teve dia que deu certo. Para um bebê cada dia é um dia e que se por algum acaso deu certo, não quer dizer que dará sempre, mesmo a gente fazendo tudo igualzinho. Tentei por muito tempo criar uma rotina, até que desisti. Achava que se ele dormisse bem a tarde, dormiria bem a noite e assim fui tentando de tudo. Até hoje me preocupo se ele dorme demais durante o dia, mas já estou bem melhor. Não posso dizer que sei o que é ficar uma noite em claro com o filho e nem que ele trocou o dia pela noite, mas também nunca mais tive 8 horas seguidas de sono (o máximo que consegui foram 7). Já percebi que quando saimos o dia inteiro, é quase certo dormir bem, mas também não posso fazer isso todos os dias. O melhor mesmo é dormir quando o bebê dorme, seja de dia ou de noite, mas isso eu nunca consegui.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

O cala a boca

Sai da maternidade cheia de recomendações, com direito a livrinho e tudo. O único remédio permitido pela pediatra era funchicórea. Eu já conhecia porque a Maria Helena tinha usado bastante. Até 10 dias não tinha sido necessário, mas ai começaram as malditas bolhinhas na barriga mais conhecidas como gases. Dai em diante esse passou a ser meu compaheiro de todas as horas. Se chorasse, bastava molhar a chupeta e pronto, silêncio. Era de manhã, tarde, noite, chegando ao ponto de ter 3 potinhos em casa. A pediatra depois me explicou que na verdade esse remédio não chega a melhorar os gases, mas acalma a criança, o que já o bastante para nós pais. Para aqueles que não conhecem, muita calma, é fitoterápico e não há contra-indicações, só é um pó branco.

Vamos passear

Nosso primeiro passeio não teve foto, quer dizer, até teve, mas foi antes de sair de casa. Henrique tinha 7 dias e era preciso dar a BCG (aquela vacina que deixa marca no braço). Fui nervosa de casa até o posto de saúde, suando. Todos sabemos que é necessário, mas bem que a medicina podia evoluir nessas vacinas para todas serem gotinhas. É um sofrimento pra qualquer mãe. Ele se comportou melhor do que eu, quase nem chorou, nem precisei dar o peito depois. Saí de lá ótima, achando meu filho um guerreiro, mas depois descobri que nessa fase eles quase não sentem dor. No dia seguinte era o teste do pezinho e percebi que isso não era tão verdade assim porque o bichinho chorou de soluçar. Esse processo de sair de casa sofrendo ainda acontece. Afinal, quase todo mês tem vacina. Vai chegar o dia que vai ser normal pra mim e pra ele, mas até lá, o papai vai ter que continuar participando.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Instinto materno?

Todos que passam por aqui devem saber o quanto metódica eu sou. Gosto das coisas muito certinhas e o Fábio não fica nenhum pouco atrás. Por isso, durante a gravidez, fizemos um curso para aprendermos a cuidar do nosso filhote. Com a teoria na ponta da língua, chegou a hora de colocar em prática. Os primeiros banhos ficaram por conta do papai, aprovado! as fraldas ficavam por conta da mamãe, aprovada! os dois se alternando, aprovados! Dar o peito, mamãe reprovada! Não achava o jeito da criança mamar. Comecei a ficar nervosa e ai que menos eu conseguia. Liguei pra pediatra, dava o dedo e depois enfiava o peito, tirei leite e dei na mamadeira... que medo de não conseguir amamentar. Quando já estava me dando chibatadas de culpa, assistimos a um video sem saber do que se tratava (era sobre cuidados com o bebê) e Fábio reparou que eu estava colocando o Henrique de modo errado. Ufa! ele voltou a mamar! Foi instinto... paterno.

De volta pra casa

Voltar pra casa é sempre bom, com um bebê é melhor ainda. Todo aquele quartinho pronto, coisinhas novas, tudo diferente. Mas por trás de tudo isso existe uma mãe, não vou dizer desesperada, mas muito angustiada. Eu me senti péssima nas duas primeiras semanas, era como se eu tivesse perdido a minha própria vida. Exagero? Talvez quem já tenha passado por isso saiba como é. O dia inteiro é dedicado ao bebê. Mama, arrota, troca fralda, dorme e já tá na hora de mamar de novo, de trocar a fralda e por ai vai. E tudo aquilo que eu fazia antes? Ficou esquecido por um momento. O meu problema foi que não relaxei. Pensava no trabalho, na rua, nos amigos e nas minhas viagens. Será que nunca mais? Por enquanto não, mas um dia as coisas voltam pro lugar, pelo menos é o que dizem os mais experientes. Nessa fase a interação com o bebê é quase nenhuma, ele só dorme e com isso as coisas ficavam ainda mais mecânicas. Lembro da primeira ida a rua depois do parto, 7 dias, pra tomar vacina. Todos que paravam me diziam as saudades que sentiam dos seus nessa fase. E eu querendo a minha vida de volta. Quanta culpa! O bom é que depois de 2 semanas você acaba acostumando mesmo.

Hora das visitas

Não podia de deixar de mencionar todos aqueles que passaram pela maternidade, pela minha casa, pelo telefone, internet ou mesmo que nós fomos até eles. Sei que hoje em dia um bebê não é coisa tão corriqueira como no passado, mas fiquei impressionada com a vibração dos amigos desde a noticia da gravidez. Já perdi a conta de quantas "tias" se ofereceram pra tomar conta dele, dos presentinhos que ele ganhou (como economizei!), dos beijos, apertos que foram dados e mandados. Por tudo isso, fiz questão de fazer um álbum com as fotos dessas pessoas muito queridas, assim como uma caixinha com todos os cartões e bilhetinhos recebidos. Vai chegar a hora dele apertar todos vocês e pode deixar que eu não vou ficar com ciúmes, afinal vocês me ajudaram muito.
Não vou postar fotos nesse post porque seria uma injustiça. Não caberiam todos aqui.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Pronto pra nascer

Passei a gravidez inteira na maior tranquilidade. Dizia que não tinha medo do parto, mas quando chegou perto... foi dando um frio na barriga. Até o fim quis o parto normal. Achava que ia sentir a dor naquele momento mas que não iria sentir depois em casa. Na gravidez ouvimos muitas histórias e claro que a maioria são de dar medo. Uma delas foi que a cesariana, por causa do corte, impedia a gente de cuidar do bebê. Não queria depender de ninguém, queria um parto normal. Não deu. Henrique com 40 semanas, mais do que pronto, não encaixava. Quem diria que eu com todo esse quadril não teria passagem para um bebê. No fim, já com bastante dores nas costas e pelve, Henrique nasceu com 50,5 cm e 3,790. E não é que era mais uma lenda. Cuidei do meu filhote desde os primeiros minutos de vida dele.

Dentro da barriga

Uma coisa é certa: a natureza é mesmo sábia. Nunca tinha parado pra pensar em toda a evolução de um bebê. Acompanhar as ultras passa a ser a maior diversão na gravidez. Eu ficava curiosa pra saber qual o tamanho que estava, o peso, o que fazia lá dentro. Na primeira fiquei emocionada. Ele tinha apenas 6 semanas, media 0,8 cm e já dava para escutar o coraçãozinho batendo. Na de 12 semanas, já dava pra ver ele todo formadinho, pulando, virando e com apenas 6cm (são as mais legais), já pro final começa a ficar dificil ver ele inteiro e ai cada parte do corpo é mostrada e analisada pra ver se está tudo direitinho. Com o rostinho já definido, a curiosidade é pra saber com quem parece. Sem dúvida é uma tranquilidade saber que está tudo bem com o nosso pequenino na barriga. Eu gravei todas!

A doce (que não é tão doce assim) espera

Todos sempre falam do momento mágico que é estar grávida. Eu confesso que sempre tive medo desse momento. O meu na verdade nem foi tão traumático assim (não tive enjôos, nem precisei de repouso), mas que não é nenhum mar de rosas, não é. Muitas podem até discordar, mas esses hormônios a mil por hora, a transformação do corpo dia após dia, o cansaço do final, desanima qualquer uma. Eu até pretendo ter outro filho, mas pularia a gravidez. Claro que existem vantagens, todos sorriem pra você!

Virando mãe


Sempre pensei em ter um blog, mas parecia que ia faltar assunto. Na verdade era preguiça mesmo. Agora arranjei um motivo. Contar as minhas angústias, dúvidas e descobertas no papel de mãe. Toda mãe tem histórias pra escrever um livro, mas se não colocadas no papel, vão se apagando. Não quero perder as minhas. O Henrique já tem 3 meses, mas não é isso que vai me impedir de começar do início.